O que posso fazer se meu filho apresenta sinais de autismo, mas ainda não tem idade para ser diagnosticado?

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Quem nunca parou para ler ou assistir um vídeo que falasse sobre autismo e sem perceber começou a procurar sinais no próprio filho, torcendo para não encontrar nenhum? Mas, e se você encontra?

Com a evolução dos critérios diagnósticos, tem se tornado possível identificar os sinais cada vez mais cedo, o que favorece bastante a aplicação de programas de intervenção precoce. Tais programas se justificam pelo fato de que os cuidados despendidos aos bebês, visando neutralizar riscos e evitar que estes se perpetuem, serão tão mais eficientes quanto mais precoce for a identificação das variáveis que afetam o desenvolvimento pleno da criança.

As ações “preventivas” têm como objetivo oportunizar o desenvolvimento adequado das criança. A partir da constatação da possibilidade de risco, a criança deve ser encaminhada para a avaliação do desenvolvimento. Um dos meios para atingir a estimulação adequada é o fornecimento que estes profissionais darão de orientação aos pais, de modo a ensiná-los a estimular seu bebê em casa de acordo com sua realidade e as necessidades do filho, respeitando o ritmo de aprendizagem e a fase de desenvolvimento do mesmo. Para isso, é fundamental que as pessoas que estão em contato com o bebê conheçam as principais etapas de seu desenvolvimento para poderem estimular, de maneira efetiva, todo o potencial do qual é dotado.

Como ocorrências futuras de problemas no desenvolvimento dos bebês têm graves repercussões tanto para o próprio indivíduo quanto para a família e para as áreas de Saúde e Educação, a implementação de medidas preventivas deve fornecer respostas adequadas de suporte ao desenvolvimento e à qualidade de vida dos bebês, indo além da simples questão de sobrevivência dos mesmos. Destaca-se ainda que a participação efetiva dos pais precisa ser garantida, considerando a importância do seu papel na implementação de práticas que podem otimizar o desenvolvimento de seus filhos.

Fonte: Taques, D. C. S. R. & Rodrigues, O. M. P. R. (2006). Avaliação do repertório comportamental de bebês nos quatro primeiros meses de vida: uma proposta de análise. Rev. Bras. Crescimento e Desenvolvimento Humano, 16, 2. Disponível em:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0104-12822006000200008&script=sci_arttext em 06/09/2015.